Debruçado na janela, embrulhado em receios,
enclausurado dentre sonhos.
O menino espreitava a janela abrir.
Mas lá fora sempre chovia!
Assustado, o menino ficava inerte na janela.
Parado. Apenas vendo o mundo rodar.
Queria, ele, ser livre. Ser um pássaro, ser
alguém que pudesse, com o mundo, ludibriar.
Mas lá fora sempre chovia!
Os olhos eram pequenos, espremidos e inquietos,
diga se de passagem. As mãos queriam tocar
o céu, a terra, sentir o viso da relva!
Mas lá fora sempre chovia!
Os outros sempre estiveram lá,
os outros sempre brincaram lá,
os outros sempre sorriram lá!
Os outros, os outros...
Mas para o menino, lá fora sempre chovia!
Ele cansou!
Quebrou o vidro, pulou a janela, mas o mundo não mais rodava.
Chorou, esperneou, fez de seus gritos, trovões;
da sua vontade apenas uma ilusão, da sua vida um
simples clarão.
O menino tornou-se um velho enrugado, com
os olhos afadigados, com as mãos trêmulas, com
o coração já torturado.
A esperança secou, o velho chorou, mas o mundo
não conseguia mais rodar!
Mas lá fora, ainda chovia!
enclausurado dentre sonhos.
O menino espreitava a janela abrir.
Mas lá fora sempre chovia!
Assustado, o menino ficava inerte na janela.
Parado. Apenas vendo o mundo rodar.
Queria, ele, ser livre. Ser um pássaro, ser
alguém que pudesse, com o mundo, ludibriar.
Mas lá fora sempre chovia!
Os olhos eram pequenos, espremidos e inquietos,
diga se de passagem. As mãos queriam tocar
o céu, a terra, sentir o viso da relva!
Mas lá fora sempre chovia!
Os outros sempre estiveram lá,
os outros sempre brincaram lá,
os outros sempre sorriram lá!
Os outros, os outros...
Mas para o menino, lá fora sempre chovia!
Ele cansou!
Quebrou o vidro, pulou a janela, mas o mundo não mais rodava.
Chorou, esperneou, fez de seus gritos, trovões;
da sua vontade apenas uma ilusão, da sua vida um
simples clarão.
O menino tornou-se um velho enrugado, com
os olhos afadigados, com as mãos trêmulas, com
o coração já torturado.
A esperança secou, o velho chorou, mas o mundo
não conseguia mais rodar!
Mas lá fora, ainda chovia!
Israel Cintra
9 comentários:
Que menino poeta
um texto mais perfeito que o outro!
que texto lindo *---*
não sei porque mas me fez lembrar do homem de vidro,da amélie poulain
não faça mais desses tristes ok/
*brincadeira,tá perfeito*
bjus ;**
[cathy]
esse menino xurupita tá melhorando a cada postagem (:
Que lindo´!é maravilhoso, perfeito!!!
Muito dificil eu achar algum blog com um escritor que realmente deixe claro que esta de fato SENTINDO, deixando a poesia entrar, no momento em que escreve. Vi isso no seu, bem legal MESMO! Mas nao consegui te seguir. Enfim...
ps: me fez lembrar do homem de vidro,da amélie poulain [2]
:)
Muito dificil eu achar algum blog com um escritor que realmente deixe claro que esta de fato SENTINDO, deixando a poesia entrar, no momento em que escreve. Vi isso no seu, bem legal MESMO! Mas nao consegui te seguir. Enfim...
ps: me fez lembrar do homem de vidro,da amélie poulain [2]
:)
Lindo poema!! parabens
Eu não canso de dizer: és um artista, verdadeiramente! Juro-te, Israel, que ainda vou ler um livro teu (e quero assinado, viu?Rsrs).
Muito lindo, como sempre :)
Por favor, não deixe de escrever jamais, viu? Porque enquanto existirem pessoas que conseguem ver o belo em meio ao caos deste mundo, tudo ainda poderá ser melhor...
Beijo ;*
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